- Que ratifica o Despacho n.º 5/PCR-ARC/2025, de 28 de julho, relativo ao pedido de parecer sobre eventual interferência indevida do Conselho de Administração da RTC, na esfera editorial da TCV; - Que ratifica o Despacho n.º 6/PCR-ARC/2025, de 28 de julho, relativo à queixa apresentada pela Direção da Televisão de Cabo Verde (TCV) contra o Conselho de Administração da RTC, por alegada violação dos princípios da independência de conteúdos da responsabilidade e autonomia editorial que rege o serviço público de comunicação social; - Que ratifica o Despacho n.º 7/PCR-ARC/2025, de 28 de julho, relativo à queixa apresentada pela Câmara Municipal de Santa Catarina de Santiago contra a RTC, alegando a ausência de cobertura da rádio e televisão de Cabo Verde num ato de “relevante interesse municipal” e “inequívoco interesse público”; - Que aprova o plano de atividades da ARC para o ano de 2026; - Que aprova o projeto de orçamento da ARC para o ano de 2026, - Que aprova o registo da Liga de Adventistas de Solidariedade Social como operadora radiofónica e da Rádio comunitária Maranatha como serviço de programas.
Ler Mais 05 agosto de 2025No seu discurso de encerramento do IX Encontro da Plataforma de Entidades Reguladoras da Comunicação Social dos Países e Territórios de Língua Portuguesa, PER, o Secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro reiterou o compromisso político de Cabo Verde em fortalecer os mecanismos de regulação independente e de defesa da liberdade de imprensa como pilares da democracia. Lourenço Lopes felicitou a presidente da ARC pela sua escolha como presidente da PER e manifestou o desejo de que este mandato seja marcado por uma maior cooperação técnica entre os reguladores de língua portuguesa. Destacou o desempenho do país em matéria de liberdade de imprensa, lembrando as mudanças que vêm tendo lugar no setor da comunicação social e desafiou as entidades reguladoras da Comunicação Social de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste a se assumirem como guardiãs da qualidade informativa e promotoras da cidadania consciente.
Ler Mais 23 julho de 2025Pela segunda vez, a ARC assume a presidência rotativa anual da Plataforma de Entidades Reguladoras da Comunicação Social dos Países e Territórios de Língua Portuguesa, PER, uma decisão saída da IX Assembleia Plenária da organização, realizada no dia 23 de julho, na cidade da Praia. Na ocasião, a Presidente do Conselho Regulador da ARC, Arminda Barros, reiterou a total disponibilidade em continuar a contribuir para o reforço da PER, enquanto espaço de confiança e de ação conjunta. Reconheceu o papel fundamental das entidades reguladoras dos média da CPLP neste processo, a traduzir-se em partilha de boas práticas, harmonização de princípios, apoio mútuo e construção de posições conjuntas, elementos-chave para uma regulação mais forte e preparada para os desafios da era digital. Pediu o envolvimento de todos para a concretização do Plano de Atividades 2025/2026, aprovado neste encontro da Praia e que incluiu, designadamente, um pedido de adesão da PER ao Fórum Mundial das Redes da UNESCO, o requerimento de estatuto de observador junto à Redes das Instâncias Africanas de Regulação da Comunicação, RIARC, e a integração nas comissões temáticas da CPLP, em especial na Comissão 2 (Promoção e Difusão da Língua Portuguesa) e na Comissão 5 (Assuntos Culturais). Recuperando o espírito da “Carta de Princípios sobre a Promoção da Igualdade de Género nos Media”, os membros da PER reafirmaram o compromisso de sensibilizar os órgãos de comunicação social dos respetivos países para a defesa da igualdade de tratamento e de acesso de mulheres e homens aos media, procedendo à reativação de um grupo de trabalho dedicado à efetivação deste compromisso. O Plano de Atividades contempla, ainda, a criação de um grupo de trabalho para estudo comparado das legislações dos países membros, com vista a colmatar as dificuldades eventualmente identificadas nos quadros regulamentares e jurídicos vigentes. Os reguladores assumiram também o compromisso de dar continuidade ao trabalho especificamente dedicado à regulação do universo digital, com base num calendário de iniciativas que promova o intercâmbio de experiências, bem como ações de informação e formação essenciais para a gestão dos desafios que as plataformas digitais colocam às democracias e à soberania dos Estados.
Ler Mais 23 julho de 2025Ao final do IX Encontro da Plataforma de Entidades Reguladoras da Comunicação Social dos Países e Territórios de Língua Portuguesa (PER), realizado nos dias 22 e 23 de julho, na Praia, sob o tema “Democracia, Media e Plataformas Digitais”, foi aprovada e assinada a Declaração da Praia. Para os reguladores de Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e Cabo Verde, a nova realidade em que vivem os meios de comunicação social exige a criação de mecanismos institucionais de cooperação eficazes e o reforço de recursos e de instrumentos normativos e de fiscalização adaptados ao novo ecossistema digital, sem prejuízo das liberdades fundamentais. Os media, enquanto guardiões independentes do pluralismo, da transparência e do direito à informação, foram unanimemente reconhecidos como essenciais à salvaguarda dos valores democráticos, pelo que a convergência entre os meios tradicionais e as plataformas digitais impõe desafios inéditos aos reguladores, designadamente a verificação de factos e a proteção contra a desinformação, as implicações éticas da inteligência artificial e a proliferação do discurso de ódio. Segundo os subscritores da Declaração da Praia, para garantir a autonomia dos órgãos reguladores, é indispensável salvaguardas contra interferências políticas e económicas, bem como parcerias que privilegiem a investigação independente e a formação contínua. Reconheceu-se, porém, que a função sancionatória e a definição de regimes legais rigorosos, por si só, não bastam: urge desenvolver uma cultura de responsabilidade partilhada entre produtores de conteúdo, plataformas, reguladores e cidadãos, de modo a assegurar a qualidade da informação e a fomentar a cidadania democrática na era digital.
Ler Mais 23 julho de 2025A ARC assinalou a 23 de julho o X aniversário da tomada de posse do seu primeiro Conselho Regulador para um mandato de seis anos irrevogável. Enquanto órgão regulador independente responsável por supervisionar, regular e fiscalizar o setor da comunicação social em Cabo Verde, incluindo rádio, televisão, imprensa escrita e meios digitais, a ARC criou e consolidou as bases como entidade reguladora do setor dos média, através de processos pedagógicos para a defesa da liberdade de expressão, liberdade de informação e de imprensa, com avaliação anual de regulação e de cumprimento das regras de pluralismo político-partidário pelos OCS, sem falar da monitorização da cobertura jornalística das eleições realizadas a partir de 2016. A análise do ambiente de liberdade de imprensa, o cumprimento das normas legais, éticas e deontológicas e a sustentabilidade dos OCS têm estado no centro das atenções da Autoridade Reguladora, que tem conduzido estudos internos voltados para o conteúdo mediático e indicadores do setor. O reconhecimento público das competências reguladoras da ARC, o respeito granjeado junto dos regulados, o alargamento das suas atribuições em termos de licenciamento e atribuição dos incentivos do Estado à Comunicação Social são ganhos importantes conseguidos nesta década ao serviço de um setor que continua a enfrentar enormes desafios, em resultado de mudanças profundas na organização do espaço público e informativo e que, para além de afetarem a sustentabilidade das empresas de comunicação social e a estabilidade dos respetivos trabalhadores, colocam em risco o pluralismo, a liberdade de informar e a liberdade de expressão, pilares fundamentais e estruturantes da democracia. A grande ambição da ARC é que os média continuem a ser um dos pilares da democracia e que o jornalismo de qualidade se baseie na verificação dos factos e na ética profissional, de modo a proporcionar aos cabo-verdianos boa informação, com pluralidade de vozes e livre circulação de ideias.
Ler Mais 23 julho de 2025