O Dia Mundial da Rádio 2019, assinalado sob o lema “Diálogo, tolerância e paz”, foi assinalado terça-feira, 13 de fevereiro, na Praia, com uma mesa redonda sobre a “Viabilidade das rádios comunitárias: desafios e perspetivas”, que contou com representantes de todas as rádios comunitárias de Cabo Verde.
Tratou-se de uma iniciativa da Direção Geral da Comunicação Social, em parceria com a Comissão Nacional de Cabo Verde para a UNESCO e da ARC, que teve por objetivo debater a viabilidade e sustentabilidade das rádios comunitárias, as dificuldades que enfrentam nos diversos concelhos do país e as oportunidades que se abrem com a possibilidade de virem a ser contempladas com incentivos do Estado.
Durante o encontro, o analista de conteúdos Celso Medina apresentou os resultados preliminares do estudo-diagnóstico em curso sobre a gestão e sustentabilidades das rádios comunitárias em Cabo Verde, levado a cabo pela ARC, no que respeita à opinião dos ouvintes, sua avaliação das rádios nas suas comunidades respetivas, bem como as suas expetativas em termos de conteúdos, de programação e de financiamento.
A experiência da Rádio Comunitária Voz de Ponta d'Água foi partilhada pela coordenadora Antonieta Moreira, seguida da apresentação, pelo economista Fernand Olende, de uma proposta de como elaborar um social business plan para uma rádio comunitária, com base na experiência da emissora pertencente ao Citi-Habitat.
O presidente da Plataforma das ONG, Jacinto Santos, falou sobre o papel das ONG na sustentabilidade das rádios comunitárias e das possibilidades de captação de recursos para fazer funcionar as emissoras locais. Defendeu que, através de acordo específicos com ONG proprietárias de rádios comunitárias, mas que garantam a autonomia e a independência destes órgãos de comunicação social, o Governo e as autarquias podem comparticipar no financiamento destes, porquanto fazem serviço público a favor das comunidades locais.